Jacarepaguá, hoje uma das áreas mais vibrantes do Rio de Janeiro, carrega em suas terras uma história que remonta aos primeiros séculos de colonização.
Entre os protagonistas dessa narrativa está a família Correia de Sá, cujo nome está intimamente ligado à ocupação e desenvolvimento das terras da região.
Mas como essa história se desenrolou, e quais os impactos que suas ações tiveram sobre os habitantes originários e os futuros trabalhadores?
O começo…
Tudo começou no século XVI, quando, em 1565, Estácio de Sá fundou a cidade do Rio de Janeiro.
Jacarepaguá, no entanto, só foi incluída no mapa quatro anos depois, quando o Governador Geral Salvador Correia de Sá concedeu as sesmarias da região a dois portugueses que haviam lutado pela expulsão dos franceses: Jerônimo Fernandes e Julião Rangel.
Porém, essas terras logo foram abandonadas, e os filhos do governador, Gonçalo e Martim Correia de Sá, reivindicaram-nas, alegando que sua falta de uso estava prejudicando o crescimento da cidade.
Foi em 09 de setembro de 1594 que Jacarepaguá oficialmente ganhou suas primeiras fronteiras definidas, com as terras sendo entregues a Gonçalo Correia de Sá. Sob sua administração, as sesmarias prosperaram.
Seu irmão, Martim, seguiu carreira na política, tornando-se o primeiro carioca a governar o Rio de Janeiro, em dois mandatos.
Essa história de domínio territorial está profundamente entrelaçada com a ascensão do poder econômico e político dos Correia de Sá.
Eles transformaram vastas áreas de Jacarepaguá em um importante centro de produção, inicialmente agrícola, que reforçou sua posição de elite na sociedade colonial.
Mas é importante lembrarmos que, ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessas propriedades se deu às custas da exploração e do sofrimento de muitos.
Reflexão sobre o legado
A família Correia de Sá é, sem dúvida, um marco na história de Jacarepaguá.
Suas decisões moldaram a paisagem, o desenvolvimento econômico e a estrutura social da região.
No entanto, o poder acumulado por essa elite também trouxe à tona questões sobre opressão e desigualdade, questões que ecoam até os dias de hoje.
Ao revisitarmos essa história, somos convidados a refletir sobre os impactos das ações dessas famílias poderosas no território e na vida de seus habitantes.
O que significava viver sob esse domínio? E como a luta e a resistência daqueles que foram explorados moldaram a Jacarepaguá que conhecemos hoje?
Hoje, ao visitar a Fazenda da Taquara, um dos legados dessa época, temos a oportunidade de mergulhar não apenas na grandeza arquitetônica, mas também nas camadas mais profundas da história de Jacarepaguá.
Lá, o passado nos convida a refletir sobre como essa terra foi marcada por transformações e tensões que ainda ressoam.
Venha descobrir mais sobre essa fascinante história em uma visita à Fazenda da Taquara.
Aqui, cada passo nos convida a revisitar o passado e a refletir sobre a construção do presente.
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